domingo, 21 de julho de 2024

O que foi a Diáspora Judaica

    A diáspora judaica refere-se à dispersão dos judeus para fora das terras da antiga Judeia e seu assentamento em várias partes do mundo ao longo dos milênios. Este fenômeno histórico começou na antiguidade e tem suas raízes em uma série de eventos políticos, militares e econômicos que forçaram os judeus a deixar sua pátria e buscar refúgio em outras regiões.

A Primeira Diáspora

    A primeira grande diáspora ocorreu no século VI a.C., quando o Reino de Judá foi conquistado pelo Império Babilônico. Em 586 a.C., Jerusalém foi destruída e muitos judeus foram exilados para a Babilônia. Este evento, conhecido como o Cativeiro Babilônico, marcou o início da diáspora judaica. Durante o exílio, os judeus mantiveram sua identidade cultural e religiosa, praticando suas tradições e escrevendo importantes textos religiosos, como parte significativa da Bíblia Hebraica.

A primeira grande diáspora ocorreu em 586 a.C, após a Conquista da Babilônia


    Após o retorno de alguns judeus à Judeia, sob o decreto de rei Ciro, o Grande, da Pérsia, a presença judaica na Babilônia continuou significativa. Ao longo dos séculos, a diáspora se expandiu devido a uma série de conquistas e expulsões. A dominação helenística sob Alexandre, o Grande, e depois o domínio romano, resultaram em novas ondas de dispersão.

A Segunda Diáspora

    Um dos momentos mais críticos da diáspora ocorreu no século I d.C. após a destruição do Segundo Templo de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. A destruição foi o resultado da Grande Revolta Judaica contra o domínio romano, e culminou com a dispersão forçada de grande parte da população judaica. Posteriormente, em 135 d.C., a Rebelião de Barcoquebas contra Roma, ocorreu entre os anos de 132 e 135, durante o governo do imperador Adriano, sendo liderada por Simão Barcoquebas. Essa rebelião Foi sufocada pelas tropas do comandante romano Sexto Júlio Severo, e também resultou na expulsão dos judeus da Judeia e na proibição de sua entrada em Jerusalém, intensificando ainda mais a diáspora.

Destruição do Segundo Templo de Jerusalém em 70 d.C


O Destino

    Durante a Idade Média, os judeus se espalharam por toda a Europa, Oriente Médio e Norte da África. Em muitas regiões, formaram comunidades prósperas, contribuindo significativamente para o comércio, ciência, medicina e cultura. No entanto, a vida na diáspora nem sempre foi fácil. Os judeus frequentemente enfrentavam discriminação, perseguição e expulsões. Por exemplo, em 1492, os Reis Católicos da Espanha emitiram o Decreto de Alhambra, que expulsou todos os judeus que se recusavam a se converter ao cristianismo. Muitos desses judeus expulsos se estabeleceram em outros países europeus, no Império Otomano e no Norte da África. 

Em 1492, os Reis Católicos da Espanha expulsaram os judeus da Espanha


    No Leste Europeu, particularmente na Polônia e Lituânia, grandes comunidades judaicas floresceram. Os judeus dessa região, conhecidos como asquenazes, desenvolveram uma rica cultura e tradição, incluindo o idioma iídiche. No entanto, estas comunidades também enfrentaram perseguições periódicas, como os pogroms na Rússia e em outros países.  O termo pogrom tem múltiplos significados, mais frequentemente atribuída à perseguição deliberada de um grupo étnico ou religioso, aprovado ou tolerado pelas autoridades locais, sendo um ataque massivo, com a destruição simultânea do ambiente em que a comunidade atingida vive. Historicamente, o termo é usado para designar os violentos ataques da população não judia contra os judeus na área do Império Russo.

📚 Livro Recomendado: História dos Hebreus (Flávio Josefo)

Perseguições na Rússia czarista, levaram cerca de dois milhões de judeus fugirem


    Ao mesmo tempo, no mundo islâmico, os judeus sefarditas, descendentes daqueles expulsos da Espanha e Portugal, se estabeleceram em várias partes do Império Otomano, Norte da África e Oriente Médio. Em muitos casos, os judeus viveram em relativa paz e prosperidade sob o domínio islâmico, embora também enfrentassem períodos de opressão e discriminação por parte dos muçulmanos.

A Vida na Diáspora

    A diáspora judaica também desempenhou um papel crucial na criação de laços entre diferentes comunidades judaicas ao redor do mundo. Apesar das distâncias geográficas e culturais, os judeus mantiveram um forte senso de identidade comum, sustentado pela religião, tradições e a esperança de retornar à Terra de Israel. Esta esperança foi um tema central nas orações e textos religiosos judeus ao longo dos séculos.

    Um exemplo foi Yehudah ben Samuel Halevi, que viveu entre 1070 e 1141 em Al-Andalus (nome dado a península Ibérica durante o domínio muçulmano), médico e filósofo judeu, conhecido pela sua extensa e magnífica obra poética em hebraico, da qual se conservam cerca de 800 composições, que abordam de temas seculares e sagrados. Um de seus poemas mais famosos é o "Minha Alma Suspira por Ti", neste poema Yehuda expressa a profunda conexão emocional e espiritual que os judeus mantinham com Jerusalém, mesmo estando dispersos em várias partes do mundo. O poeta lamenta a distância física e espiritual entre ele e a Terra Santa, destacando o desejo ardente de retornar a Sião.

Os judeus mantiveram por séculos a esperança de retornar a terra de Israel


    No século XIX e início do século XX, a diáspora judaica passou por transformações significativas devido a fatores como a emancipação, o nacionalismo e a imigração em massa. Movimentos de reforma religiosa e política emergiram, refletindo as mudanças nas condições sociais e políticas nas várias partes do mundo onde os judeus viviam.

    A imigração em massa de judeus, particularmente para os Estados Unidos, que fugiam dos progroms realizados no Império Russo entre os anos de 1880 a 1920,  mudou drasticamente a demografia judaica global. A busca por melhores oportunidades econômicas e a fuga de perseguições na Rússia czarista, levaram cerca de dois milhões de judeus a se estabelecerem na América, onde formaram novas e vibrantes comunidades. 

O Estado de Israel

    A culminação dos séculos de diáspora foi a criação do Estado de Israel em 1948, um marco histórico que realizou a antiga aspiração de um lar nacional judaico. A fundação de Israel teve um impacto profundo nas comunidades judaicas da diáspora, oferecendo um refúgio para aqueles que fugiam da perseguição e proporcionando um centro cultural e espiritual para os judeus em todo o mundo.

📚 Livro Recomendado: História dos Hebreus (Flávio Josefo)

    No entanto, a vida na diáspora continua a ser uma realidade para muitos judeus. As comunidades judaicas ao redor do mundo continuam a prosperar, contribuindo para as sociedades onde vivem, enquanto mantêm fortes laços com o atual Estado de Israel e com suas tradições ancestrais. A diáspora é um testemunho da resiliência e adaptabilidade do povo judeu, que, apesar de séculos de dispersão e adversidade, conseguiu manter sua identidade e coesão cultural ainda que separados por milênios.

Veja Também: A Diáspora Judaica



segunda-feira, 8 de julho de 2024

Porque o Inglês não é o Idioma dos EUA

    Embora o inglês seja indiscutivelmente a língua dominante nos Estados Unidos, ele nunca foi oficialmente declarado como o idioma nacional. A falta de um idioma oficial nos Estados Unidos é um reflexo da diversidade cultural e histórica, bem como das complexidades políticas e sociais que moldaram sua formação e desenvolvimento.

    A predominância do inglês nos Estados Unidos é um legado direto da colonização britânica. Quando os colonos britânicos chegaram à América do Norte no início do século XVII, trouxeram consigo a língua inglesa, que rapidamente se tornou a língua principal das colônias. Após a independência dos Estados Unidos em 1776, o inglês continuou a ser a língua predominante, utilizada no governo, na educação e nos negócios. No entanto, ao contrário de muitos outros países que estabelecem um idioma oficial através de legislação, os Estados Unidos nunca adotaram formalmente o inglês como seu idioma nacional.

Predominância do inglês nos Estados Unidos é indiscutível (fonte: pexels)


    A ausência de um idioma oficial pode ser atribuída a vários fatores. Em primeiro lugar, os fundadores da nação (os líderes políticos que assinaram a Declaração de Independência ou participaram da Revolução Americana como líderes) estavam profundamente comprometidos com os princípios de liberdade e diversidade. Eles acreditavam que a imposição de um idioma oficial poderia ser vista como uma forma de opressão cultural, contrária aos ideais de liberdade que fundamentavam a nova república, basta recordar que a história da colonização americana está diretamente ligada a diversos grupos que se estabeleceram fugindo justamente de perseguições no Velho Mundo. Muitos dos primeiros colonos americanos eram de diferentes origens étnicas e linguísticas, incluindo alemães, holandeses, suecos e franceses, e a coexistência de múltiplas línguas era vista como uma expressão da diversidade cultural.

📚 Livro Recomendado: História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI

    Outro fator importante foi o pragmatismo político. Nos primeiros anos da república, havia um temor de que a imposição de um idioma oficial pudesse alienar alguns grupos étnicos e culturais e causar divisões internas. Em vez disso, os líderes americanos optaram por uma abordagem mais democrática, permitindo incialmente que diferentes comunidades mantivessem suas próprias línguas e culturas enquanto se integravam à sociedade americana.

Influencia Cultural 

    Entretanto, isso não impediu que indiretamente o inglês começasse a alcançar um "status" superior ao demais idiomas. 

    No final da década de 1880, Wisconsin e Illinois aprovaram leis que permitiam o ensino somente em inglês nas escolas públicas e paroquiais. Em 1896, sob o governo da República do Havaí, o inglês se tornou o principal meio de ensino público para crianças havaianas. 

Influencia no Exterior

    Após a Guerra Hispano-americana, em 1902, uma lei passou a exigir que todos os documentos oficiais que circulassem em Porto Rico (território sob controle norte-americano) deveriam estar traduzidos também para o inglês. Em 1909, o espanhol foi proibido em todas as escolas públicas. Em 1917, o inglês tornou-se o idioma oficial de Porto Rico. Eventualmente, na década de 1930, o espanhol passaria a ser permitido nas escolas primárias, mas o inglês permaneceu como imperativo para a formação básica completa. Apenas em 2015 o Senado de Porto Rico aprovou uma lei que declarava o espanhol como o primeiro idioma oficial da ilha, dando ao inglês o status de segunda língua. 

Desde 1902, Porto Rico está sob controle dos EUA


Predominância do Inglês

    Apesar da ausência de um idioma oficial, o inglês emergiu como a língua dominante nos Estados Unidos. Isso se deve em grande parte à sua prevalência nas instituições governamentais, na educação e nos meios de comunicação. A maioria dos documentos oficiais e das comunicações do governo são em inglês, e a proficiência em inglês é um requisito para a naturalização de imigrantes. Além disso, o inglês é a língua principal de instrução nas escolas e a língua mais utilizada nos negócios e na vida cotidiana.

    A supremacia do inglês também reflete a realidade demográfica. De acordo com o Censo dos Estados Unidos de 2020, cerca de 78% da população fala apenas inglês em casa, e muitos daqueles que falam outras línguas também são fluentes em inglês. A presença predominante do inglês facilita a comunicação e a coesão social em um país vasto e diversificado.

Oficializar ou Não

    A questão de oficializar o inglês como o idioma nacional tem sido objeto de debate político e social. Desde o século XIX, houve várias tentativas de declarar o inglês como o idioma oficial dos Estados Unidos. Essas iniciativas geralmente ganharam força em períodos de aumento da imigração, quando havia preocupações sobre a assimilação de novos imigrantes e a preservação da identidade cultural americana.

    A oposição à oficialização do inglês como idioma nacional baseia-se em argumentos tanto práticos quanto ideológicos. Do ponto de vista prático, os críticos argumentam que tal medida é desnecessária, uma vez que o inglês já é de facto a língua dominante. Eles também destacam que a imposição de um idioma oficial poderia prejudicar comunidades de imigrantes e dificultar o acesso a serviços públicos para aqueles que não são fluentes em inglês.



    Do ponto de vista ideológico, a oposição à oficialização do inglês como idioma nacional está enraizada nos princípios de liberdade e diversidade que são fundamentais para a identidade americana. Muitos argumentam que a pluralidade linguística é uma força, não uma fraqueza, e que a imposição de um único idioma oficial seria um retrocesso nos valores democráticos e inclusivos que definem os Estados Unidos.

📚 Livro Recomendado: História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI

    Assim, a ausência de um idioma oficial nos Estados Unidos é na prática um reflexo da sua história única, marcada pela diversidade cultural e pelo compromisso com os princípios de liberdade e democracia. Embora o inglês seja a língua dominante e desempenhe um papel central na coesão social e na comunicação, a decisão de não oficializá-lo reflete a complexidade das questões linguísticas, culturais e políticas própria da sociedade estadunidense. As tentativas de oficializar o inglês como idioma nacional continuam a ser um ponto de debate, evidenciando as tensões entre a unidade e a diversidade na sociedade americana. Um debate que de tempos em tempos ganha força. 

Veja Também: Porque o Inglês não é Idioma dos EUA




sábado, 6 de julho de 2024

A Constituição da Mandioca e os Escravocratas

    A "Constituição da Mandioca" foi o nome que ficou comumente conhecido o projeto de constituição elaborado pela Assembleia Constituinte do Brasil em 1823. Esse documento é conhecido assim porque usava a mandioca como referência para a definição do censo eleitoral e dos cargos políticos. Esse período da história brasileira é marcado por intensas disputas entre diferentes grupos políticos e interesses, especialmente entre aqueles que defendiam a continuidade da escravidão e os que buscavam maior autonomia e direitos para os brasileiros.

constituição, embora liberal em vários artigos, favorecia os escravocratas


A Origem da Proposta

    Após a declaração de independência em 1822, o Brasil estava em busca de uma constituição que definisse as bases do novo país. A Assembleia Constituinte de 1823, convocada por Dom Pedro I, foi encarregada de elaborar esse documento. No entanto, as tensões entre brasileiros e portugueses continuaram a influenciar as políticas e as decisões tomadas nessa época.

A Constituição da Mandioca

    O nome "Constituição da Mandioca" deriva do fato de que a renda mínima exigida para que alguém pudesse votar ou se candidatar a um cargo político era calculada com base no valor da mandioca, um produto agrícola amplamente cultivado no Brasil. Esse critério de renda favorecia os grandes proprietários de terras, que tinham a maior parte de suas riquezas vinculadas à agricultura, especialmente ao cultivo de mandioca e outros produtos como café e açúcar.

    O esboço do projeto continha 272 artigos influenciados pelas ideias do Iluminismo, no tocante à soberania nacional e ao liberalismo econômico. Ele instituía o voto indireto censitário, em que os eleitores do primeiro grau (paróquia), tinham que provar uma renda mínima de 150 alqueires anuais de plantação de mandioca. Eles elegeriam os eleitores do segundo grau (província), que necessitavam de uma renda mínima de 250 alqueires. Estes últimos, elegeriam deputados e senadores, que precisavam de uma renda de 500 e 1000 alqueires respectivamente, para se candidatarem. Ou seja, não representava apenas a quantidade de terra do eleitor, mas também a quantidade de escravos que o mesmo possuía, visto que a mandioca e a farinha de mandioca eram os alimentos básicos dos escravos e trabalhadores rurais da época.

    Assim essa constituição, embora liberal em vários artigos, favorecia explicitamente os interesses dos grandes proprietários rurais e dos escravocratas. Estabelecia um censo eleitoral que excluía a maioria da população, incluindo escravos, libertos e trabalhadores assalariados sem propriedade significativa. Dessa forma, o poder político ficava concentrado nas mãos de uma elite agrária que dependia economicamente do trabalho escravo.

Benefícios para os Escravocratas

    A Constituição da Mandioca foi projetada para manter e fortalecer o controle da elite agrária sobre o sistema político brasileiro. Ao basear o direito de voto e a elegibilidade para cargos públicos na propriedade de terras e na produção agrícola, a constituição consolidava o poder dos grandes fazendeiros e proprietários de escravos. Isso garantiu que as leis e políticas aprovadas protegessem e perpetuassem o sistema escravocrata.

A Noite da Agonia

    Talvez um dos eventos mais controversos da historiografia brasileira, a "Noite da Agonia" aconteceu entre os dias 11 para 12 de novembro de 1823, quando Dom Pedro I, insatisfeito com a orientação liberal da Assembleia Constituinte e sua tentativa de limitar os poderes do imperador, ordenou que as tropas cercassem o prédio onde a Assembleia se reunia e dissolvessem a sessão. Muitos deputados foram presos ou exilados. Esse golpe de estado mostrou a determinação de Dom Pedro I em manter seu poder absoluto e sua desconfiança em relação às elites liberais que estavam começando a se formar no país.

Dom Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823


 Relação entre Brasileiros e Portugueses

    A tensão entre brasileiros nativos e portugueses residentes no Brasil (ou aqueles com fortes laços com Portugal) era intensa nesse período. Os brasileiros sentiam-se frequentemente marginalizados em relação aos portugueses, que ocupavam muitos dos postos administrativos e comerciais mais importantes. A independência não resolveu imediatamente essas tensões, pois muitos portugueses continuaram a ocupar posições de poder, e as elites brasileiras temiam que as mudanças propostas pela Assembleia Constituinte pudessem ameaçar sua posição.

Efeitos Indiretos sobre os Escravocratas

    Embora a Constituição da Mandioca fosse destinada a reforçar o poder dos escravocratas, sua adoção nunca ocorreu devido ao golpe de Dom Pedro I. No entanto, a crise que culminou na Noite da Agonia e a subsequente dissolução da Assembleia Constituinte geraram um período de instabilidade política que enfraqueceu o poder dos grandes proprietários de escravos. A intervenção de Dom Pedro I criou um ambiente de incerteza e contestação, permitindo que outros grupos e interesses políticos começassem a ganhar espaço no cenário nacional.

    Além disso, a dissolução da Assembleia Constituinte levou à criação de uma nova constituição em 1824, que, embora ainda conservadora, era menos explícita em sua defesa dos interesses dos escravocratas em comparação com a proposta da Constituição da Mandioca. Esse documento estabeleceu uma monarquia constitucional com um sistema político que permitia, embora limitadamente, alguma forma de participação política para uma gama mais ampla de indivíduos, enfraquecendo indiretamente a estrutura de poder exclusivamente agrária e escravocrata. 

A Escravidão só seria abolida em 13 de maio de 1888 (aproximadamente 66 anos
após a independência do Brasil)


    A Noite da Agonia e a subsequente instabilidade política revelaram as profundas divisões dentro da sociedade brasileira da  época, e as dificuldades em estabelecer um governo estável e representativo. Enquanto a Constituição da Mandioca foi projetada para beneficiar os escravocratas, a turbulência política que se seguiu acabou por enfraquecer sua posição de poder, abrindo caminho para novas formas de organização política e social no Brasil, embora não colocasse fim na escravidão. 


📚 Livros Recomendados:

📚 Brasil: Uma Biografia: Com novo pós-escrito

📚 Crise colonial e independência: 1808-1830

📚 A Construção Nacional 1830-1889


Veja Também: A Noite da Agonia e a Constituição Imperial



Postagens mais visitadas