O primeiro-ministro
de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que, quando a guerra terminar,
Israel pode assumir "indefinidamente" a responsabilidade pela segurança
na Faixa de Gaza, o que poderia implicar em uma nova ocupação do território. No entanto, é difícil dizer que a Faixa de Gaza seria anexada, já que na percepção de muitos analistas isso traria mais problemas do que soluções.
Netanyahu disse que já viu o que acontece quando Israel não tem essa responsabilidade, referindo-se ao ataque do Hamas. O Ministro também disse que Israel não tem nenhum desejo de governar as vidas dos palestinos, mas que é preciso haver uma autoridade palestina legítima e um caminho para um Estado palestino.
Benjamin Netanyahu, afirmou que
Israel pode assumir a responsabilidade pela segurança
na Faixa de Gaza (fonte: USA) |
A Faixa de Gaza é um território palestino que está sob o controle do grupo islâmico Hamas desde 2007, após uma violenta disputa com a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa partes da Cisjordânia. Israel, que considera o Hamas uma organização terrorista, mantém um bloqueio econômico e militar sobre Gaza, restringindo a entrada e saída de pessoas, bens e serviços, buscando enfraquecer o grupo.
Ataque do Hamas desencadeou uma forte resposta militar de Israel |
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel, infiltrando mais de 3 mil homens armados em solo israelense e matando 1.400 pessoas, a maioria civis. O ataque desencadeou uma resposta militar de Israel, que iniciou uma campanha de bombardeios aéreos e uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, com o objetivo de eliminar o Hamas e restaurar a segurança na fronteira. A guerra já causou milhares de mortes, na Faixa de Gaza, que enfrenta uma grave crise humanitária, com escassez de alimentos, água, medicamentos e combustível. A ajuda humanitária que chega é insuficiente para atender às necessidades da população.
A Faixa de Gaza está sob o controle do grupo islâmico Hamas desde 2007 |
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fez uma visita surpresa a Ramallah, na Cisjordânia, onde se reuniu com o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, que é amplamente deslegitimado pela população palestina. Abbas pediu o fim imediato da guerra e disse que estava pronto para assumir a responsabilidade por Gaza no âmbito de uma solução política abrangente. O líder da autoridade palestina também reivindicou a retomada das negociações de paz com Israel, baseadas nas resoluções da ONU e na solução de dois Estados.
A possível ocupação israelense da Faixa de Gaza cria um cenário tenso, entretanto era uma realidade que não surpreendeu analistas. Existe uma forte pressão da sociedade para que o governo de Israel crie mecanismos para garantir a segurança e evitar novos ataques do Hamas. A comunidade internacional, especialmente os EUA e os países que compõe o Conselho de Segurança da ONU, tem um papel vital na mediação desse conflito, buscando uma solução pacífica e duradoura, que respeite os direitos humanos e o direito internacional.
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